sábado, 1 de dezembro de 2012

Nada a perder


Sexo tarde da noite, fumando cigarros
Eu tento muito, mas não consigo esquecer
Agora em um piscar de olhos, eu faria tudo de novo
Agora eu estou perdida em algum lugar
Perdida entre Elvis e suicídio
Eu não tenho nada a perder
Depois que Jesus e Rock N Roll
Não conseguiram salvar a minha alma imoral, bem
Eu não tenho nada
Eu não tenho nada a perder
Apontando pecados apenas para passar o tempo
Minha vida passa num piscar de olhos
Eu estava só procurando um amigo
E tudo o que eu era
E tudo que eu me tornei
Sempre caía no final

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Beat generation


Os junkies, sejam os de morfina, de álcool, de drogas, de maconha ou quaisquer outros, são seres tirados do senso comum, que os taxa de simples vítimas ou de escórias que proliferam o vício e degeneram a sociedade; mas há muito mais do que se esconde sob o discurso institucional ou a opinião pública, há uma sociedade com próprias “leis” e regras, com um modo de vida distinto, com personagens diversos que são ao mesmo tempo vítimas e algozes, culpados e inocentes, incompreendidos e condenados. Dualidades. Nada é unico.

domingo, 16 de setembro de 2012



Raiva, ciúme, amargura, cansaço, esperança, desejo, amor. Está em todo lugar. É conceitual. Você apenas não pode ver.

domingo, 22 de abril de 2012

Máquina do tempo

Como é bom e triste relembrar. Relembrar o que já fui, o que já sonhei, as loucuras que cometi, as pessoas que perdi. Nostalgia. Não há outra palavra.
Medo de envelhecer? Sim, tenho. Perder a essência de tudo que já fui um dia. Tudo é tão efêmero.
Tão diferente essa rotina me faz ser. E o que ficou pra trás nunca mais vai voltar.
Certo dia sonhei com o que eu me tornaria no futuro. E tive medo, mas também tive uma estranha curiosidade. Curiosidade: meu ponto fraco ou forte não sei, fui lá e me joguei. Dei o salto. Grandes saltos. E fui de olhos fechados, sempre, sem medo de cair. Sem pedir que ninguém me segurasse. Podendo ou não me machucar. E na maioria das vezes me machuquei e acabei ferindo os outros também. Aqueles que estavam ao redor. Mas as quedas me fizeram mais forte. E quiçá um pouco melhor. Quem dera eu pudesse viver saltos tão bonitos novamente. A beleza da queda. O medo da morte.


Quando vejo entrevistas e há a recorrente pergunta:
_ Do que você se arrepende na sua vida?
E o entrevistado reponde:
_De nada. Só me arrependo daquilo que não fiz.


Eu simplesmente não consigo acreditar. Não se arrepender de nada me parece impossível. Eu me arrependo de tantas coisas. Devo ser imatura e não ter atingido tamanha sabedoria. Apesar de me arrepender, sigo. Com a consciência tranquila por ter feito minhas vontades, mas com arrependimentos e cicatrizes que carrego. Talvez o arrependimento seja intrínseco ao ser humano. Talvez, mesmo que eu pudesse, não voltaria no tempo, continuaria a lidar com meus erros e acertos e com todo meu passado sem alterá-lo em nada.




Mas, se existisse a máquina do tempo, você voltaria atrás? 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pais e preconceitos

Hoje, inspirada por um fato lamentável vim postar algo aqui, com uma única intenção: reforçar o quão patética é a postura que muitos adotam com relação as diferentes orientações sexuais.


Eu busco entender o porquê muitos pais lidam tão mal com o fato de os filhos serem bissexuais ou homossexuais. Diz-se muito que eles são de outros tempos e têm mentalidades diferentes, mas então por que não evoluir? Por que não exercitar a aceitação, o apoio a pessoa que mais amam? Para mim, isso é puramente uma desculpa. 


Clichê verdadeiro é dizer que isso não afeta em nada o caráter, o carinho, a inteligência, o respeito, enfim, absolutamente nada da postura dos filhos. Encará-los como aberração é discriminar a própria cria. 
Os pais deveriam pensar nos obstáculos que já serão enfrentados por eles e não em ser mais um.


"Lembre-se: ser gay não é uma opção, ninguém escolhe a quem desejar. O desejo nasce e pronto", orienta Claudio Picazio, psicólogo com especialização em sexualidade humana, autor do livro Uma Outra Verdade - Perguntas e Respostas para Pais e Educadores sobre Homossexualidade na Adolescência.


Afinal, o que importa mais: a felicidade dele ou o que os outros vão falar? Aprender a lidar com isso é o melhor caminho e deveria ser o único!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Moda?

Admiração pela moda é algo que me faz ocupar a mente, que torna a vida mais suportável. A maioria das pessoas, pelo contrário, enxerga a moda como mera futilidade. Isso, talvez, por ela ser bastante fulgáz e literalmente mudar com as estações e também por ela lidar com o exterior, com a aparência.
 O fato é que a moda transcende. Ela não se limita a roupa em si, mas sim, abrange, além do vestuário, um contexto maior: político, histórico, ideológico e social. Ela caracteriza e nos permite compreender melhor períodos distintos.
 A moda pode ser vista como arte. E como tal, acho inadequado reduzí-la a montes de tendências, enquanto o encantador mesmo não está em seguí-las cegamente, mas sim, em usar a moda como forma de expressão pessoal, como maneira de quebrar certos paradigmas.
 Interessante perceber como a moda mistura sonho e praticidade. Traz, simultaneamente, o lúdico, a criação e o glamour bem como o trabalho, a dificuldade e o caos.
Sonho meu é ter a moda como espaço no qual floresça e se acentue as individualidades de cada um e não onde ocorra a uniformização das pessoas.